Dados históricos evidenciam que o ser humano, desde o mais primitivo, além de buscar por suas melhorias e reconhecimento por parte do seu povo, sempre se preocupou com sua aparência, e um dos aspectos que enfatiza isto é a roupa, que teve a princípio um caráter de cuidado e proteção do corpo, uma necessidade física e, posteriormente, de forma explícita ou silenciada, o discurso de status, de estilo, ponto de diferença entre as classes sociais e demonstração de poder. Após séculos, esses aspectos não mudaram, ganharam mais força e intensificaram diferenças, como também ainda marcam a evolução do sentindo de vestir para o homem. Nesse contexto, a roupa foi perdendo seu caráter artesanal e passando a ser produzida em grande escala. O advento da máquina fez surgir à democratização da moda, o desenvolvimento do prêt-à-porter (pronto para usar) e as lojas de departamento, o que era para poucos passou a ser disponibilizado para todos. Nesse estudo, a partir dos pressupostos teóricos da Análise de Discurso Francesa (ADF) e dos estudos culturais sobre Identidade, analisamos como nos textos publicitários da loja C&A, uma loja de departamento que não dispõe de peças exclusivas nas suas vitrines e araras e atende as classes populares, materializam os discursos de exclusividade, do chique, do glamour e do luxo – representações sociais que trazem uma memória discursiva das Maisons – e como (re)constroem as imagens discursivas do poder feminino. O trabalho contribui para entender como a loja de departamento C&A sustenta imagens simbólicas do discurso da moda e de suas representações sociais ligadas às imagens das Maisons e da mulher.

DATA: 2012

AUTOR: Ana Cláudia da Silva Souza

ORIENTAÇÃO: Adriana Rodrigues Pereira de Souza

TIPO DE PUBLICAÇÃO: Monografia

ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Sociais – Publicidade

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