O presente trabalho buscou investigar a relação entre vulnerabilidade social e criminalidade entre jovens no Brasil, com enfoque nos jovens negros e de periferia. A pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa, combinando os métodos dedutivo e documental, e foi fundamentada na teoria da anomia social de Émile Durkheim. A análise se concentrou em compreender como a ausência de oportunidades, a desigualdade socioeconômica e o racismo estrutural contribuem para a exclusão social desses jovens e sua subsequente inserção em atividades criminosas. A metodologia adotada incluiu a revisão de literatura sobre vulnerabilidade social, juventude e criminalidade, além da análise de documentos oficiais, como relatórios de órgãos de segurança pública e estudos de instituições de pesquisa. A revisão de literatura abordou temas como a marginalização racial, a falta de acesso a serviços básicos como educação e saúde, e a falência das políticas públicas em prover suporte a esses jovens, que vivem em contextos de extrema precariedade. Os resultados que a vulnerabilidade social é um fator determinante para o aumento da criminalidade entre jovens, especialmente os negros e moradores de áreas periféricas. A marginalização socioeconômica e racial desses indivíduos se reflete em sua maior exposição à violência, tanto comunitária quanto estatal. Dados demonstram que jovens negros são desproporcionalmente mais afetados por ações repressivas do Estado e representam a maioria da população carcerária no país. A criminalização da pobreza, a estigmatização racial e a falta de políticas públicas eficazes para mitigar as desigualdades resultam em uma exclusão sistêmica que perpetua a marginalização dessa parcela da juventude.

DATA: 2024

AUTOR: Luiz Arthur Pontes de Assunção

ORIENTAÇÃO: Ronalisson Santos Ferreira

TIPO DE PUBLICAÇÃO: Artigo

ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Sociais – Direito

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