O presente trabalho se debruça sobre os signos do Facebook, analisando, sob o prisma semiótico, ferramentas comunicacionais da maior rede social já criada. O referencial teórico e a metodologia foram enriquecidos pela Semiótica de Charles Peirce (2012) e outros semióticos, em um passeio através do conceito de signos, cores, som e formas da rede social, especificamente dos ícones de sua interface gráfica. Semioticamente, o processo de significação compreende três níveis de percepção os quais Peirce chama de: Primeiridade, Secundidade e Terceiridade e também uma divisão sígnica de três etapas – que compreendem as relações estabelecidas do signo com ele mesmo; com o objeto, e com seu significado. As relações que o signo estabelece com ele mesmo se dividem em tres níveis de percepção: o primeiro nível trata de suas qualidades, texturas, sons e formas; o segundo nível trata do conjunto de qualidades, texturas, sons e formas; e o terceiro nível evoca as leis que regem o signo. As relações estabelecidas entre o signo e o objeto são: de iconicidade (onde o signo sintetiza ideias), de indicialidade (em que o signo aponta para o objeto) e de relações simbólicas (onde o signo evoca as convenções para ser compreendido). As relações do signo com o seu significado se iniciam com a palavra que o designa, por exemplo a palavra “Curtir”; em seguida com a afirmação sobre o sentido de curtir, uma ação que denota gostar. O terceiro nível de percepção em relação ao significado do signo é o do argumento de certeza sobre o significado do signo: neste exemplo, tem-se a certeza de que a palavra “curtir” tem em relação ao seu sentido na rede social o significado de concordância e não é apenas uma afirmação. A escolha do conjunto de signos a serem analisados baliza-se no trabalho de Raquel Recuero (2009) sobre redes sociais na internet. Tendo em vista a impossibilidade de análise de todos os signos encontrados na rede social, o recorte contempla os três principais signos e suas funções. O primeiro signo é a interface gráfica da página de adesão, que é responsável pela criação do Self, o segundo é uma ferramenta de busca de amigos com a qual o ator da rede passa a adicionar amigos e começa sua criação de laços sociais; o terceiro signo compõe um conjunto de dois ícones – status e adicionar foto/video que possibilitam ao ator da rede a exposição pública de si mesmo. Objetiva-se, portanto, solucionar o seguinte questionamento: Como os signos do Facebook promovem interação semiótica entre o mundo biológico e o mundo virtual, facilitando a navegação e proporcionando a criação do Self. Palavras-chave: Facebook. Self. Análise Semiótica.
DATA: 2014
AUTOR: José Galdino dos Santos Neto
ORIENTAÇÃO: Glauco Fernandes Machado
TIPO DE PUBLICAÇÃO: Monografia
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Sociais – Publicidade